Ano novo, preços novos: saiba o que fica mais caro em 2025
Pão, leite, aluguéis, pedágios e até monumentos culturais estão na lista do que aumenta este ano, mas o salário mínino também sobe.
Texto: Caroline Ribeiro
A virada de ano traz o aumento do salário mínino em Portugal para 870 euros, medida que faz parte do Orçamento de Estado para 2025. Essa é a boa notícia para compensar a subida nos preços de diversos produtos e serviços no país já a partir deste 1º de janeiro. Reajustes que vão do pãozinho de cada dia ao pedágio nas autoestradas e que podem ser um peso extra nos gastos das famílias.
Confira a lista que o DN Brasil preparou sobre o que fica mais caro neste novo ano.
Pão: a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação (ACIP) não disse quanto, mas garantiu que o preço do pãozinho vai subir por causa do aumento dos custos de produção, principalmente com ingredientes, e do aumento do valor do salário mínimo nacional.
Leite e produtos lácteos: a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite confirmou que os custos associados à energia, combustível e eletricidade têm encarecido a produção. O aumento tem sido crescente e deve continuar em 2025.
Aluguel: rendas podem subir 2,16%, o que significa 2,16 euros a mais por cada 100 euros do total. O aumento segue o coeficiente anual estabelecido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Alguns inquilinos podem até pagar ainda mais, chegando a 11,1% de aumento para quem tem contratos nos quais não houve atualizações em 2023 e 2024. O valor também pode não subir, já que o aumento não é obrigatório.
- Transportes
Comboios de Portugal: todas as linhas da CP vão ter aumento, uma média de 2,02%. Quem paga um bilhete simples do Cais do Sodré, em Lisboa, até Cascais, por exemplo, passa a pagar 2,15 euros (antes 2,10). Consulte aqui todos os valores.
Carris: todos os chamados "títulos ocasionais", que são as passagens avulsas, vão aumentar. Uma viagem paga a bordo do autocarro, por exemplo, vai passar de 2,10 para 2,20 euros. Uma viagem nos elétricos passa de 3,10 para 3,20 euros. Consulte aqui todos os valores.
Metro de Lisboa: também com aumentos nos títulos ocasionais. Um bilhete passa de 1,80 para 1,85 euros. O desconto por uma viagem no saldo do Zapping passa de 1,61 para 1,66 euros e o valor pago com cartão bancário na catraca sobe de 1,80 para 1,85 euros. Consulte aqui todos os valores.
Fertagus: aumento médio de 2,02% em todos os bilhetes avulsos e parques de estacionamento. Uma passagem de Lisboa a Setúbal vai passar a custar 5,50 euros, um aumento de 15 cêntimos. Consulte aqui todos os valores.
Transportes no Porto: passes e bilhetes ocasionais no Porto e região metropolitana não vão ter aumento, a única excessão é o bilhete de bordo da rede Unir, que sobe de 2,20 para 2,30 euros nas distâncias menores, de 4,40 para 4,60 nas intermediárias e de 6,60 para 6,90 nos percursos mais longos.
Pedágios: as "portagens" das autoestradas aumentam 2,21%. Segundo cálculos feitos pelo portal Idealista, o valor de um veículo classe 1 na Ponte 25 de Abril vai passar de 2,10 para 2,15. Já na Ponte Vasco da Gama, passa de 3,20 para 3,25. Já veículos classes 2 e 3 sobem 10 cêntimos nas duas pontes. Os da classe 4 têm aumento de 15 cêntimos.
A concessionária Brisa informou que as portagens na A1, entre Lisboa e Porto, aumentam para 24,60 euros, enquanto as da A2, entre Lisboa e Algarve, sobem para 23,30 euros. Já na austoestrada entre Lisboa e Oeiras, a portagem passa a custar 0,40 cêntimos. A tabela atualizada da Brisa estará disponível aqui.

Telecomunicações: a operadora Meo vai atualizar os preços, conforme o contratualmente previsto, mas os serviços Uzo (digital) e Moche (para jovens), não vão ter aumentos. A Vodafone não antecipou informação sobre o tema, já a NOS avisou, ainda em novembro, que não vai subir os valores.
Museus e monumentos: A Museus e Monumentos de Portugal (MMP) vai aumentar as entradas normais na maioria dos equipamentos que gerencia. Alguns dos equipamentos mais visitados do país, como é o caso da Torre de Belém, do Museu Nacional dos Coches, Museu Nacional de Arqueologia e os Palácios Nacionais da Ajuda e de Mafra, sofrem o maior reajuste e passam de 8 para 15 euros. Já o Mosteiro dos Jerónimos vai de 12 para 18 euros. O Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, o Convento de Cristo, em Tomar, e o Mosteiro de Alcobaça passam de 10 para 15 euros. Todas as alterações podem ser consultadas neste Despacho, que também traz a revisão das condições do acesso gratuito aos equipamentos para qualquer residente em Portugal por 52 dias por ano.
caroline.ribeiro@dn.pt
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